Paudalho é uma cidade situada na Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco a aproximadamente 44 km da Capital. Embalada por um grande significado histórico, as primeiras incursões ao território datam do primeiro século da colonização portuguesa. Sua ocupação humana organizada iniciou-se em torno de 1591 por indígenas que, reunidos com padres franciscanos, formaram a aldeia de Miritiba (corruptela do tupimbiri-tyba).
Dentre seus habitantes, destacou-se o índio Potí, o célebre Dom Felipe Camarão, que lutou contra a ocupação holandesa. Posteriormente, a região desenvolveu-se sob impulso do cultivo da cana-de-açúcar, originando o surgimento de vários engenhos, entre eles, o de Mussurepe (1º), aproximadamente em 1630.O Engenho Paudalho, situado à margem esquerda do Capibaribe, foi o mais importante. Sua denominação originou-se de uma grande e secular árvore, de cheiro semelhante ao de alho, existente na proximidade da margem direita do lugar chamado ITAÍBA, onde hoje conta com um rebento, conservado pela Prefeitura. A formação administrativa do distrito data de 1789; sendo elevado à categoria de Comarca em 1840 e de Cidade em 1879. O Município é revestido por grande véu cultural. Seu carnaval é notoriamente reconhecido como o "CARNAVAL DAS TRADIÇÕES", atraindo, ano a ano, milhares de turistas. Na região da Mata Norte, Paudalho recebe a efervescência do Carnaval com um Banho de Frevo. Com capacidade para atender 30 mil foliões, a distribuição de água misturada a essências de perfumes variados pretende refrescar a festa. Além disso, o batuque peculiar e a presença marcante dos caboclos de lança tornam os desfiles de maracatus rurais uma das tradições mais importantes da cidade. As manifestações artístico-culturais são fortes elementos que vão sendo preservados de geração a geração. O culto a São Severino do Ramos é consagrado numa romaria à Capela de Nossa Srª. da Luz, situada no Engenho Ramos, conhecida como a 3ª maior do País. Os casarios com azulejos portugueses e franceses embelezam a cidade. O talento dos artesãos e a sua gastronomia (famoso doce de guabiraba) dão "água na boca" nos visitantes, que retomam ao cenário hospitaleiro, lindo para viver e morar.